Laços de Família

Muito já ouvi falar do impacto que o nascimento de um bebê especial provoca nos pais e em toda a sua família, mobilizando papéis e até mesmo os vínculos já estabelecidos. Mas sempre falamos na família como um todo, ou no máximo nos dedicamos à questão dos pais, o que considero imprescindível! Mas e a respeito dos irmãos, o que sabemos? Muito pouco! O que sentem e o que pensam a respeito desta experiência? Em uma época que se valoriza tanto as diferenças, não paramos para ouvir e olhar para essas pessoas que convivem e irão conviver por toda a sua vida com seus irmãos especiais. A família toda sofre com uma situação nova e desconhecida e todo o esforço e energia dos pais acabam se direcionando para este novo ser. Mas e o irmão? Quais seriam suas angústias e necessidades? Qual seria o seu papel neste novo contexto familiar? Acredito que seja de extrema importância, dar a voz para esses irmãos, a fim de que eles possam se expressar e encontrar um lugar legítimo dentro deste novo contexto familiar. Vamos ouví-los? Você conhece ou é um irmão de uma pessoa com necessidades especiais? Convido vocês a participar e promover este novo debate.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Experiências compartilhadas!

Beatriz tem 18 anos e Laura, 15. Laura tem síndrome de Asperger. Beatriz conta como descobriu a deficiência da irmã:
“Eu tinha mais ou menos seis anos e minha mãe começou a explicar sobre o autismo, aí eu comecei a perceber, porque antes, para mim, ela era uma irmã, não percebia. Ela começou a me explicar, a me fazer entender. No início foi difícil, ainda é difícil para eu entender como ela pensa ou como ela vai reagir, e o que eu devo fazer. Mas essa dificuldade não impede que a gente seja amigas e grudadas, porque cada uma vai entendendo a outra cada vez mais, a gente vai aprendendo juntas”.
Os irmãos Ivonete e Antônio são muito unidos. Ivonete, que tem deficiência visual, diz que os pais não podem tratar filhos com e sem deficiência de maneira diferente:
“Nessa convivência dos irmãos é muito importante que os pais não façam uma distinção entre o que tem deficiência e o que não tem. Tente criar da melhor maneira, unindo. É claro que a pessoa com deficiência tem particularidades, mas é importante que exista carinho para todos, que exista uma inclusão dentro da própria família. Porque aí a gente vai sair para o mundo mais forte, que foi o que ocorreu dentro da minha família”.
As irmãs Elisângela e Auxiliadora são grandes amigas. Elisângela é cadeirante e conta que elas costumam fazer tudo juntas:
“A Auxiliadora, ela me acompanhava em tudo, como até hoje ela me acompanha. Tipo, se eu for para o cinema, ela vai, se eu for para praia, ela vai. Se ela quiser resolver algum problema, ela também me chama, somos coladíssimas uma com a outra. Faço os meus voos de parapente, ela me acompanha. Apesar dela ser medrosa, ela nunca teve coragem de ir comigo, só me acompanha, me leva até lá, mas, pular mesmo, ela nunca pulou”.
Fernanda Honorato fez uma reportagem com o ator e judoca Breno Viola, que tem síndrome de Down, e os irmãos dele, Mário e Kamille. Breno diz que aprendeu muito com eles:
“Desde a infância, a gente brincava muito. E era gostoso estar com eles porque é de experiência que a gente aprende. Eu aprendi muito com eles, e eles também aprenderam muito comigo. Eu posso dar graças a Deus de ter esses dois irmãos”.
Fonte: http://programaespecial.com.br/blog/542-irmaos

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Mais um belo depoimento!

MI VIDA CON MI HERMANO CON AUTISMO.
Mi nombre es Kayla . Tengo un hermano de 22 años llamado Kyle . Mi hermano Kyle tiene autismo. Aunque Kyle tiene 22 años su nivel intelectual es el de un niño pequeño. Kyle no puede tener una conversación como la mayoría de nosotros. Él entiende la mayoría de cosas que se le dicen, pero no puede procesar una respuesta. Aunque mi hermano es dos años mayor que yo, siempre me pareció una gran alegría ayudar a mis padres en el cuidado de Kyle.
Cuando era más pequeña yo no entendía muy bien lo que significaba la palabra autismo, por no hablar de que era algo que se no puede curar. Siempre pensé "Él va a mejorar, esto no es permanente" Pero hay que saber que el autismo no se puede curar, pero si que va a mejorar. A lo largo de los años he visto el progreso en hermano, de no tener ningún tipo de discurso a un sí sencillo o nulo a llegar a pedir lo que necesita. De no saber leer ni escribir a tener la capacidad. Por supuesto, como la mayoría saben; con el autismo a veces vienen grandes talentos. El mayor talento de Kyle son los videojuegos. Él no tiene que sentarse y leer las instrucciones con el fin de jugar un juego. Comienza el partido ya sabiendo lo que hay que hacer y cómo tiene que hacerlo.
Nunca he mirado a mi hermano como un reto, sino como un desafío y no como un discapacitado sino como diferente. El autismo no es algo que debe ser menospreciado o rechazado.
Kyle no tiene la oportunidad de preocuparse por las facturas, o un trabajo, o incluso una pareja. Sin embargo, el aprecia la vida y la gente del mismo modo que los demás. Eso es lo que hay que ver con el autismo, que es diferente de la "normalidad", pero en realidad ... ¿Quién es normal? Quizás el autismo es ser "normal" y nosotros somos los "diferentes"
Fonte: https://www.facebook.com/223092593115/photos/a.244878853115.141112.223092593115/10152627570398116/?type=1&theater